sexta-feira, 25 de maio de 2012

ADOÇANTES - USAR OU NÃO USAR?


A maioria das pessoas interessadas em perder peso utiliza o adoçante como tentativa de economizar calorias. Fazem a substituição do açúcar pelo adoçante em bebidas como café e suco, por exemplo. Os adoçantes estão presentes em 30.8% dos lares brasileiros, seguidos por bebidas a base de soja (18%) e iogurtes funcionais (15%).
É muito importante saber utilizar os adoçantes, que são substâncias químicas desenvolvidas no início do século passado para um público bem específico que não pode consumir o açúcar devido a problemas de saúde – os diabéticos. Não demorou muito para que o produto se espalhasse para as pessoas que desejam perder peso, fazendo parte inclusive da composição de alguns alimentos. Os produtos diet, ao serem processados, perdem o açúcar e muitas vezes ganham gordura e, por isso podem ser tão vilões da dieta quanto suas versões “normais”. O ideal para quem está de dieta é consumir os produtos light, que, por legislação tem diminuição de 25% do açúcar ou gordura.
Alguns adoçantes possuem contra-indicações, por exemplo, pessoas portadoras da fenilcetonúria não podem fazer o uso do aspartame, pois ele contém a fenilalanina, um aminoácido que este grupo de pessoas não consegue metabolizar. Outra restrição está relacionada ao grupo dos hipertensos. As fórmulas que contém sacarina e ciclamato também levam sódio na sua composição, o que pode comprometer a saúde destas pessoas.
A maioria dos adoçantes é artificial, ou seja, são produzidos quimicamente dentro dos laboratórios. Existem os adoçantes naturais, no caso da estévia, onde a substância é extraída de plantas e é 300 vezes mais doce que o açúcar. Não existe diferença entre os artificiais e naturais no quesito saúde, todos são igualmente seguros, pois passam por análises antes de serem liberados para a população.
O uso dos adoçantes começou a ser questionado na oportunidade da divulgação de um estudo dizendo que o uso da sacarina estaria associado a um maior desenvolvimento de câncer de bexiga em cobaias, mas este resultado nunca foi comprovado em humanos. Além disso, os estudiosos responsáveis por esta pesquisa utilizam doses muito altas de adoçante, que dificilmente seriam atingidas no dia-a-dia. O fato é que a maioria dos adoçantes são substâncias químicas e, por isso merecem atenção se utilizadas em excesso. O nosso organismo precisa de açúcar, especialmente o nosso cérebro, que depende de açúcar para funcionar.
Algumas evidências apontam que o adoçante não é tão eficaz quanto o açúcar na hora de liberar estímulos relacionados a saciedade. Assim, ao ingeri-lo a tendência seria “mascarar” o consumo de açúcar que não está acontecendo. Com isto, o organismo criaria um efeito rebote com relação ao consumo de açúcar e geraria muita vontade de comer doces. Sendo assim, o tiro pode sair pela culatra, pois na tentativa de economizar calorias acabamos consumindo muito mais. A quantidade de calorias contidas na quantidade de açúcar utilizada para adoçar o café ou o suco não pode ser comparada a um doce.
Por outro lado, algumas pesquisas revelam que a ingestão de alimentos calóricos por indivíduos que usam o adoçante na sua rotina alimentar, acontece devido a um mecanismo de compensação, ou seja, as pessoas pensam que economizam calorias de um lado e, por isto, podem abusar do outro.
Na maioria das vezes o consumo de adoçantes é liberado tendo em vista a economia de calorias feitas ao longo do dia. A principal orientação é que exista uma rotatividade entre os tipos de adoçante disponíveis no mercado para que nem o organismo e nem o paladar se acostume com a substância utilizada. Mais uma vez, a orientação é sempre o melhor caminho.

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