A realização de uma atividade física demanda maior energia para o nosso organismo e exige mais da nossa musculatura. Ela é considerada um tipo de estresse ao corpo. Se a pessoa se exercita e não se alimenta direito, ou seja, não repõe os nutrientes exigidos por este estresse, fica vulnerável a baixa resistência. Sendo assim, não é estranho que esta pessoa que busca saúde acabe desenvolvendo resfriados, dores de cabeça constantes, lesões e uma fadiga sem fim. A atividade física só produz bons resultados quando nos alimentamos da maneira correta.
O papel da alimentação para praticantes de atividade física é inquestionável, independente de qual for o objetivo a ser atingido. Para a perda de peso, o binômio dieta e exercício físico é imbatível, desde que os dois sejam bem orientados. Uma situação muito comum no consultório, são as pessoas que pensam que praticar exercícios em jejum pode ajudar a emagrecer, quando na verdade esta prática não é recomendada. Os praticantes de atividade física de longa duração precisam de reposição contínua de nutrientes para otimizar a sua performance e obter melhores resultados. Por este motivo, cada situação merece ser observada individualmente, dependendo da meta de cada um. Para que a pessoa consiga atingir o seu objetivo, é necessário que sejam pontuadas várias questões, como por exemplo a relação que aquela pessoa tem com a atividade física (se praticou na infância, na adolescência, se teve algum problema de lesão, se ficou afastada por um período), sua rotina de trabalho ou estudo, os horários em que a pessoa consegue fazer as suas refeições e também suas preferências e aversões alimentares. Além disso, o tipo da atividade física desenvolvida (musculação, lutas, atividades aeróbicas, esportes que envolvam arrancadas como o futebol e o basquete), o horário e a duração são outros pontos a serem observados.
Todos os detalhes acima fazem toda a diferença quando se decide mudar o cardápio. O uso de suplementos alimentares, apesar de muito difundido deve ser avaliado. Será que a dieta da pessoa não traz os nutrientes que ela precisa diante da intensidade da sua atividade física? Ou será que os suplementos podem melhorar? Fazem mal a saúde ou isto é apenas um mito? Mais uma vez, a quantidade de informações e uma variedade cada vez maior de produtos disponíveis no mercado acabam nos confundindo. Por isto sempre é bom buscar orientação.
Além da dúvida sobre suplementos, aparecem aquelas mais comuns...o que comer antes e depois? Quanto tempo antes e quanto tempo depois? Precisa tomar água durante o exercício?
A dieta de um praticante de atividade física deve fornecer calorias suficientes para a recuperação do organismo após o exercício (mesmo para quem deseja perder peso, as calorias são importantes) e ser equilibrada em termos de nutrientes – carboidratos, vitaminas e gorduras (sim, até elas!!!). Não podem faltar as vitaminas e sais minerais que são antioxidantes e muito úteis para inativar os radicais livres formados durante o exercício.
Alimentos fonte de carboidratos como pães, batata, arroz, macarrão e biscoitos em geral são boas fontes de energia. Sua ingestão garante que não faltará combustível para o organismo funcionar durante e se recuperar depois do exercício. Cuidado com mitos que dizem que o carboidrato engorda. Na dose certa, ele é imprescindível para a realização do exercício. Estudos indicam que o consumo de carboidratos logo após o treino garantem uma recuperação muscular mais eficiente. Isto porque, tudo o que consumimos até 1 hora após o término da atividade física será matéria prima para a recuperação muscular e nem só de proteínas vive um músculo. Você pode optar por uma banana, por exemplo.
Enquanto dormimos o organismo continua trabalhando na recuperação de vários tecidos, como a pele, ossos e também as fibras musculares. Sendo assim, investir em proteínas a noite é uma boa pedida para ganho de massa muscular.
Durante o dia, o ideal é fazer 3 refeições que contemplem todos os grupos alimentares e mais 2 pequenos lanches entre elas. Desta forma, evitamos a fome exacerbada e os exageros na próxima refeição. Cuidado com a quantidade de comida colocada no prato e especialmente na qualidade dos alimentos escolhidos. Devem ser evitados alimentos industrializados, gordurosos e pobres em nutrientes, como salgadinhos e biscoitos recheados por exemplo.
Outra observação importante está no consumo de líquidos. Manter-se hidratado é a melhor maneira de garantir a manutenção da temperatura corporal durante o exercício e, com isso, melhorar o rendimento. Por outro lado, o consumo exagerado de líquidos pode causar desconfortos e atrapalhar a performance.
SUPLEMENTOS – são vários, estão em toda parte e prometem milagres. Além disso, muitas vezes são prescritos pelos profissionais de educação física e instrutores de musculação. Os suplementos são válidos quando os próprios alimentos não conseguem suprir as necessidades nutricionais. Pessoas que apresentam treino extenuante, onde a musculatura sofre um desgaste considerável durante treinos diários, muitas vezes precisam consumir uma quantidade de calorias tão grande ou porções de proteínas extras para promover uma recuperação saudável do organismo. Neste caso os suplementos são muito indicados, pois a quantidade de alimentos a serem consumidos é tão alta que não conseguimos fornecer em um dia. No caso de um esportista amador ou praticante de atividade física que realiza 5 refeições diárias e que mantém uma dieta equilibrada, a utilização de suplemento deve ser avaliada individualmente.
Aproveite as dicas para melhorar a qualidade da sua alimentação e atingir seu objetivo o mais rápido possível. Analise os riscos que resultados melhores ou um corpo bonito podem trazer. Busque sempre orientação para atingir os seus objetivos e NUNCA coloque a sua saúde em risco! A atividade física deve somar, e não diminuir.
Pense nisso e até a próxima semana!
