domingo, 20 de maio de 2012

ALIMENTAÇÃO NA GESTAÇÃO


Muitas futuras mamães podem não saber, mas uma alimentação equilibrada desde a gestação pode prevenir muitas doenças da criança, entre elas doenças crônicas como a obesidade, anemia, hipertensão e diabetes. Além disso, gestantes com uma nutrição adequada tem menos complicações e dão a luz a bebês saudáveis. O organismo da mamãe precisa de nutrientes para se manter saudável e ainda fornecer os nutrientes para que o bebê se desenvolva de maneira correta.

Segundo recomendações, o ideal é que se aumente 300 calorias na dieta da gestante a partir do início do segundo trimestre. Gestantes adolescentes ou mulheres que engravidam com baixo peso devem consumir as 300 calorias a mais desde o início da gravidez. Por outro lado, para aquelas mulheres que iniciam a gestação com sobrepeso ou obesidade não se recomenda aumento calórico na dieta. A própria evolução da gestação dará suporte para a orientação nutricional deste grupo de mulheres.

Como aumentar 300 calorias na dieta? Parece fácil...apenas comer mais, ingerir mais alimentos!! Na verdade, se pensarmos em apenas acrescentar calorias na dieta da mamãe podemos ir contra todos os benefícios. A gestante deve prestar muita atenção na qualidade da sua alimentação. De nada adianta consumir as 300 calorias extras consumindo um cheesebruguer por dia, pois este sanduíche terá poucos nutrientes a oferecer. O ideal é que essas calorias a mais venham de frutas, verduras, carboidratos integrais e gorduras boas. Todos estes nutrientes tem sua demanda aumentada durante a gravidez.

  1. Carboidratos – são a fonte de energia do feto e são convertidos rapidamente em combustível para o desenvolvimento do bebê. A mesma regra de alimentação saudável da população em geral vale para as mamães, ou seja, dar preferência aos carboidratos integrais que são ricos em fibras.
  2. Proteínas – tanto a placenta quanto o bebê necessitam deste nutriente para o seu desenvolvimento. Os alimentos ricos em proteína são as carnes em geral, leite e ovos.
  3. Vitaminas – as vitaminas são essenciais para a conversão da energia dos carboidratos. Todas, sem exceção tem a sua demanda aumentada na gestação. Por isso a presença de frutas e verduras, com a maior variação possível é tão importante, especialmente durante os 3 primeiros meses (12 semanas) onde acontece a parte mais crítica do desenvolvimento do feto.  Em especial se dá destaque para o papel do ácido fólico na formação do neném, pois participa da formação das células do sangue e do material genético da criança.  Estudos indicam que mulheres que consomem quantidades suficientes de ácido fólico antes da gravidez podem reduzir o risco de ter uma criança com má formação fetal, diminuindo assim as chances de aborto espontâneo.
  4. Minerais – assim com as vitaminas, todos os minerais tem sua demanda aumentada durante a gravidez. Em especial o cálcio e o ferro. O cálcio está presente principalmente nos leites e derivados assim como em alguns peixes como o salmão e o atum. Este mineral tem papel especial a partir do terceiro trimestre, quando estão se desenvolvendo os ossos e os dentes do neném. Além disso, o organismo faz um estoque de cálcio para a produção de leite. Sintomas como câimbras nas pernas e formação de cáries dentárias são sinais da deficiência deste mineral.

Já o ferro está presente na carne vermelha, fígado, frutos do mar e leguminosas em geral – feijão, grão de bico, lentilha e soja. Este mineral é importante na prevenção da anemia na futura mamãe, especialmente até o primeiro trimestre.

A futura mamãe também apresenta algumas mudanças fisiológicas, como o caso dos famosos enjoos ou os famosos desejos, comuns nos primeiros 3 meses de gestação!!! Neste caso, o único cuidado a ser tomado é com o ganho exagerado de peso. O ideal é que o ganho de peso fique entre 8 e 12 kg ao todo, em 40 semanas. Este ganho de peso é menor no primeiro trimestre.

É comum que o intestino tenha sua motilidade diminuída, ou seja, que a mamãe fique com o intestino preso; também percebe-se a presença de azia, vômitos, excesso de saliva, insônia ou sono excessivo e retenção de líquidos que leva ao inchaço. Todos estes sintomas podem ser amenizados com manobras dietéticas.

O ideal é que, além das orientações médicas, a gestante seja acompanhada de perto por um profissional nutricionista. A alimentação nesta fase da vida é muito peculiar e pode fazer toda a diferença para uma gestação tranquila, uma lactação eficiente e um bebê saudável!!!

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