A maioria das pessoas interessadas em perder
peso utiliza o adoçante como tentativa de economizar calorias. Fazem a
substituição do açúcar pelo adoçante em bebidas como café e suco, por exemplo.
Os adoçantes estão presentes em 30.8% dos lares brasileiros, seguidos por
bebidas a base de soja (18%) e iogurtes funcionais (15%).
É muito importante saber utilizar
os adoçantes, que são substâncias químicas desenvolvidas no início do século
passado para um público bem específico que não pode consumir o açúcar devido a
problemas de saúde – os diabéticos. Não demorou muito para que o produto se
espalhasse para as pessoas que desejam perder peso, fazendo parte inclusive da
composição de alguns alimentos. Os produtos diet, ao serem processados, perdem
o açúcar e muitas vezes ganham gordura e, por isso podem ser tão vilões da
dieta quanto suas versões “normais”. O ideal para quem está de dieta é consumir
os produtos light, que, por legislação tem diminuição de 25% do açúcar ou
gordura.
Alguns adoçantes possuem
contra-indicações, por exemplo, pessoas portadoras da fenilcetonúria não podem
fazer o uso do aspartame, pois ele contém a fenilalanina, um aminoácido que
este grupo de pessoas não consegue metabolizar. Outra restrição está
relacionada ao grupo dos hipertensos. As fórmulas que contém sacarina e
ciclamato também levam sódio na sua composição, o que pode comprometer a saúde
destas pessoas.
A maioria dos adoçantes é
artificial, ou seja, são produzidos quimicamente dentro dos laboratórios.
Existem os adoçantes naturais, no caso da estévia, onde a substância é extraída
de plantas e é 300 vezes mais doce que o açúcar. Não existe diferença entre os
artificiais e naturais no quesito saúde, todos são igualmente seguros, pois
passam por análises antes de serem liberados para a população.
O uso dos adoçantes começou a ser
questionado na oportunidade da divulgação de um estudo dizendo que o uso da
sacarina estaria associado a um maior desenvolvimento de câncer de bexiga em
cobaias, mas este resultado nunca foi comprovado em humanos. Além disso, os
estudiosos responsáveis por esta pesquisa utilizam doses muito altas de
adoçante, que dificilmente seriam atingidas no dia-a-dia. O fato é que a
maioria dos adoçantes são substâncias químicas e, por isso merecem atenção se utilizadas
em excesso. O nosso organismo precisa de açúcar, especialmente o nosso cérebro,
que depende de açúcar para funcionar.
Algumas evidências apontam que o
adoçante não é tão eficaz quanto o açúcar na hora de liberar estímulos
relacionados a saciedade. Assim, ao ingeri-lo a tendência seria “mascarar” o
consumo de açúcar que não está acontecendo. Com isto, o organismo criaria um
efeito rebote com relação ao consumo de açúcar e geraria muita vontade de comer
doces. Sendo assim, o tiro pode sair pela culatra, pois na tentativa de
economizar calorias acabamos consumindo muito mais. A quantidade de calorias
contidas na quantidade de açúcar utilizada para adoçar o café ou o suco não
pode ser comparada a um doce.
Por outro lado, algumas pesquisas
revelam que a ingestão de alimentos calóricos por indivíduos que usam o adoçante
na sua rotina alimentar, acontece devido a um mecanismo de compensação, ou
seja, as pessoas pensam que economizam calorias de um lado e, por isto, podem
abusar do outro.
Na maioria das vezes o consumo de
adoçantes é liberado tendo em vista a economia de calorias feitas ao longo do
dia. A principal orientação é que exista uma rotatividade entre os tipos de
adoçante disponíveis no mercado para que nem o organismo e nem o paladar se
acostume com a substância utilizada. Mais uma vez, a orientação é sempre o
melhor caminho.