terça-feira, 29 de setembro de 2009

Colesterol

Na verdade, o colesterol é um álcool que se comporta como gordura no nosso organismo e participa de alguns processos vitais. Tão importante ele é que o fígado produz cerca de 70% do nosso colesterol diário e o resto vêm da alimentação. É por isso que, em alguns casos de hipercolesterolemia, o famoso "colesterol alto" a dieta não funciona. Nesses casos, utiliza-se a medicação para inibir a síntese do fígado. Mas, na maioria dos casos o consumo de colesterol pela dieta é realmente excessivo e a modifcação de hábitos alimentares com a orientação de um nutricionista torna-se prioridade no tratamento desta disfunção.


Este consumo exagerado acontece pois o colesterol está amplamente distribuído nos alimentos, em especial no leite integral, carnes gordas como o bacon, peles de aves e embutidos. Os alimentos de origem vegetal não contém colesterol.


Todas as células do nosso corpo são envoltas por mebranas que lhe conferem forma. As membranas celulares precisam ser fluidas para permitir a entrada e a saída de nutrientes. Quem confere esta  fluidez das membranas é o colesterol.


Além disso, ele faz parte dos hormônios esteróides, que são responsáveis pelas características sexuais secundárias. O colesterol ainda participa da fabricação da bile, ou seja, sem ele não seríamos capazes de digerir gorduras da maneira correta.


Pelo fato do colesterol ser um álcool, para não ser dissolvido no sangue durante a execução das suas funções, ele precisa da ajuda de moléculas carreadoras que são chamadas de lipoproteínas. A lipoproteína de baixa densidade é conhecida como LDL e é uma das moléculas que ajudam no transporte do colesterol pelo sangue. Ela contém cerca de 45% de colesterol e o resto da molécula é composta basicamente por proteínas. O grande problema é que o colesterol pode soltar-se desta molécula e acumular-se na parede das artérias. Por este motivo, esta molécula recebe a denominação de colesterol ruim. O colesterol depositado é oxidado e, por isso tem sua composição inicial alterada. Tudo que é diferente, o nosso sistema imunológico reconhece como invasor e passa a atacar. Desta forma, o nosso sistema de defesa ataca este colesterol e como resultado deste ataque, ele fica enrijecido. Aí está o início da placa de ateroma, o causador da aterosclerose. Explica-se assim, a relação da LDL com a doença cardiovascular.


Já a HDL, a lipoproteína de alta densidade, conduz o colesterol pelo organismo e ainda coleta as moléculas de colesterol que foram deixadas pela LDL. Por este motivo, ganha a denominação de colesterol bom. Estas sobras são levadas novamente ao fígado, evitando o seu depósito nas artérias. O nível desta lipoproteína está fortemente relacionada com o nível de atividade física. Pessoas sedentárias tem tendência a manter níveis baixos desta substância no sangue.


Existe também outra família de lipoproteínas, as VLDL. Essas lipoproteínas transportam uma fração de colesterol mas também transportam triglicerídios, um outro tipo de gordura. De qualquer forma, é importante manter os níveis de VLDL baixos para proteger o coração.


O grande desafio mais uma vez é saber a dose certa da ingestão do colesterol. Voltamos a falar sobre consumo moderado e equilibrado de alimentos. Solicite exames de sangue para monitorar as suas taxas de colesterol, assim você tem controle de como anda a sua alimentação e também descobre se existe algum fator de risco para doenças cardiovasculares.

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