A depressão é uma doença muito
comum nos dias de hoje, devido a rotina agitada e as cobranças comuns ao nosso
dia-a-dia, não é raro ver pessoas desenvolvendo os seus sintomas. A pessoa
deprimida perde as expectativas, se enxerga sem rumo e se vê impotente, além de
desenvolver distúrbios do sono e do apetite. As causas desta doença não estão
totalmente determinadas e ainda constituem um fator de discussão entre os
cientistas. Sabe-se que alterações neuroquímicas, especialmente ligadas ao
desequilíbrio das funções dos neurotransmissores estão relacionadas ao
desenvolvimento da depressão.
E o que tudo isto tem a ver com a
alimentação? E, em especial, com o consumo de gorduras?
Um estudo espanhol afirma que o
consumo de gorduras trans – aquelas que estão presentes nos alimentos
industrializados – aumentam em até 50% o risco de desenvolvimento da depressão.
Quanto maior a quantidade de gordura ingerida, maior o risco de ficar
deprimido. Além das gorduras trans, a gordura saturada – presente nas carnes
vermelhas – também apresentam relação com o desenvolvimento da depressão.
O mecanismo de como o maior
consumo de gorduras trans e saturadas desencadeiam os sintomas da depressão são
complexos e envolvem a fabricação de citocinas
pelo organismo. As citocinas são moléculas pró-inflamatórias, ou seja, que
contribuem para que ocorram inflamações, que, no caso, tratam-se de alterações
no endotélio (membrana que envolve o músculo cardíaco). Por sua vez, o
endotélio produz uma proteína chamada BDNF que é responsável pela regeneração
dos neurônios, as nossas células nervosas. UFA...para trocar em miúdos, o alto
consumo de gorduras faz com que seja ativada uma cadeia de reações, que tem
como última consequência o funcionamento incorreto das células nervosas.
Além disso, as citocinas
interferem na ação de neurotransmissores, as substâncias que atuam no processo
de transmissão nervosa. Elas diminuem a disponibilidade de moléculas
precursoras da serotonina, a substância do bem-estar. Com menos serotonina
disponível, o organismo fica muito próximo da depressão. Tanto isto é verdade
que a maioria dos medicamentos utilizados por indivíduos deprimidos atuam na
tentativa de balancear as alterações entre os neurotransmissores.
Por outro lado, as gorduras
insaturadas, como no caso do azeite de oliva e do abacate, combatem os efeitos
da tristeza. O mesmo estudo citado acima, revela que o consumo diário de 20gr
de azeite de oliva foi associado a uma probabilidade 30% menor de ocorrência de
depressão. Isto pode ser explicado, pois este tipo de gordura facilitam a
passagem de informações entre os neurônios, evitando falhas que podem vir a
desencadear transtornos.
O ω-3, por exemplo, melhora a transmissão neuronal e a capacidade
do sistema nervoso de se adaptar a alterações. Além disso, evita a formação de
substâncias pró-inflamatórias como as citocinas citadas acima. Seu consumo é
altamente indicado para pessoas com tendência ao desenvolvimento da depressão.
Outros nutrientes que contribuem
com o bem-estar:
- FOLATO – a deficiência desta
vitamina contribui para a falha na fabricação de neurotransmissores,
principalmente a serotonina. Encontrado no brócolis, alfaces e aspargos.
- TRIPTOFANO – este aminoácido é
precursor da serotonina. Sem triptofano, a produção desta substância é
insuficiente. Sua principal fonte é a banana.
- VITAMINA B6 – a vitamina entra
na receita de enzimas responsáveis pela síntese de substâncias químicas
nervosas que regulam o bom humor. Pode ser encontrado na batata.
- VITAMINA B12 – atua na
prevenção dos sintomas da depressão e afastar os pensamentos negativos e a
fadiga provocada pela doença. Está presente no frango e no leite.
Mais uma vez podemos perceber a
importância de uma alimentação balanceada e equilibrada. Mudando os seus
hábitos alimentares, você só tem a ganhar!! Procure orientação e seja feliz!!!
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